Li em uma placa na BR em direção ao litoral paranaense:
1 copo + 4 rodas = 7 palmos.
As campanhas de educação no trânsito estão na maioria dos meios de comunicação, especialmente nesta época do ano.
Apesar de válidas e, por vezes, impactantes, creio que surtem efeito nas pessoas, digamos assim "normais". Pessoas que têm consciência de que todos os atos, pensados ou impensados, afetam não somente os que estão próximos como também os mais distantes e desconhecidos.
Não acredito que campanhas de educação no trânsito mudem o modo de pensar e agir de pessoas como o jogador de futebol Edmundo (vulgo "Animal") ou o professor de educação física Paulo César Timponi.
O primeiro, ídolo de alguns pela habilidade nos campos de futebol, há 12 anos, saindo de uma balada, provocou um acidente de carro em que morreram 3 pessoas. Apesar de acusado de triplo homicídio culposo, dormiu somente uma noite na prisão.
Já o professor de educação de física (?) Paulo Timponi que matou 3 pessoas fazendo racha em Brasília em outubro do ano passado, ganhou o habeas-corpus e ficará em liberdade até o julgamento (alguém acredita sinceramente que este indivíduo voltará a ser preso???).
Com 49 anos de idade, bêbado, drogado, com passagens anteriores pela polícia por tráfico de drogas, falsidade ideológica e receptação de veículos roubados, conforme amplamente noticiado pela imprensa, este infeliz mata 3 pessoas fazendo racha e a justiça concede o habeas-corpus por entender que "a prisão preventiva deve ser aplicada somente em casos excepcionais, quando o réu tiver apresentado comportamento contrário ao bom andamento do processo, como ameaça a testemunhas, tentativa de fuga ou de obstrução das investigações."
Fatalidade para alguns, destino para outros.
Impunidade: é o que permite que cada vez mais casos como estes aconteçam. Enquanto não houver efetivamente uma punição para estes crimes, as campanhas de educação não serão tão impactantes como as tragédias que continuaremos a ver na mídia.
E não me falem que já houve punição porque a consciência pesa. Estes indivíduos não têm consciência, nunca tiveram e nunca terão!
Não menosprezo o poder da educação mas, a punição também é um meio de (re)educação.
Há meninos nas favelas, nos centros, nos subúrbios que sonham em jogar futebol como o Edmundo "Animal".
O "Animal" é ídolo e exemplo para muitos, principalmente depois de desfilar na Sapucaí exaltando as belezas do Rio de Janeiro...que ironia!
domingo, 3 de fevereiro de 2008
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